sábado, 7 de janeiro de 2012

Parece bom, acho que vou me arriscar...

Vim sozinho até aqui.
Atras de mim, tantas coisas que deixei, sem dar aviso, sem dizer adeus, foi difícil seguir, mesmo com um rumo já predestinado, foi difícil, semanas passei sem saber se era por aqui que eu deveria andar, cada coisa estranha vista por mim, um mundo tão surreal.
Penso que deva ser como navegar em mar aberto em meio uma tempestade, sem ter algo a que se agarrar sem terra firme pra poder se prostrar, tantas orações eu fiz, para cada temor eu chorava e orava.
....meu Deus aonde estou....
Aqui não é lugar pra mim.
La no fundo um coringa sorri, mostrando seus dentes afiados e me convidando para se juntar a dança macabra  a que todos se entregam.
Não tenha medo, quem sabe aqui é o seu lugar.
Mais alto, lá no topo é meu lugar.
Eu vou, ainda ouvindo as risadas e o compasso apressado dos dançarinos.
Penso que dizer por dizer não basta é preciso se provar, cada qual no seu lugar , eu em busca do que me prova em meio a este lugar.
Serei eu real ou fruto de mim mesmo.
Solidão...
No alto talvez não, la em baixo, bem abaixo, magma fervente escoando sem fim, talvez seja preciso me jogar e me deixar afundar, solitário por assim dizer sem uma alma viva a me compreender, nem as profundezes parecem me aceitar.
Que estranho...
Terei eu lugar?
Nem alto, nem abaixo, só me resta vagar....
Ola amigo mais uma vez você por aqui, quem sabe dessa vez não desejas dançar.
Dançar...
Parece bom, acho que vou me arriscar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A caminho de algo improvável

O chegar e o partir, duas coisas tão unas, aquilo que um dia vai, mais cedo ou mais tarde tem seu regresso, um caminho a se tomar, seja um passo em falso em um caminho de trevas.
Cada um tem sua jornada, um caminho que se deve seguir, mas nunca nos esquecemos de nosso refugio, o ponto de partida onde tudo começou, somos feitos de sonhos e ilusões, uma corrida eterna atras do que possivelmente nos faça evoluir de algum modo.
Quando o tempo para e nos pegamos submersos em pensamentos e a caminho de algo improvável, temos certeza de que nosso refugio é o melhor lugar para se estar, é lá onde curamos nossas feridas, em breve teremos que partir mais uma vez, porem com uma certeza, nosso refugio sempre vai estar lá a nossa espera.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Livre de dúvidas

Como Shakespeare disse um dia, "Ser ou não ser, eis a questão...", as dúvidas corroem a mente humana desde quando o primeiro ser começou a pensar, o impeto pela busca de respostas e compreensões foi o que originalmente deu a luz a dúvida.
Ligado intimamente à duvida está o medo, sentimento tirano que nos escraviza quase que por completos, escravos de nos mesmos, acorrentados a temores íntimos de nossa alma.
Tentamos inutilmente fugir do que nos atormenta, nunca encontrando o caminho seguro, livre de dúvidas, cada passo dado em falso na esperança de que tudo melhore.
Nunca saber o que estar por vir nos atormenta, perdemos a confiança e acabamos sempre por voltar no inicio de tudo, o medo primordial de arriscar, sem coragem de se jogar no escuro e tentar a busca pela utopia da felicidade.
Viver é sofrer, se não fosse assim não teria graça, sem medos, sem dúvidas, sem dor, assim seriamos deuses e um mundo cheio de pessoas que podem fazer tudo não funcionaria, ser humano é essa constante dúvida, sem saber aonde estamos certamente e pra onde vamos, se é que existe um fim verdadeiro.
Se entregue, deixe seus medos virem a tona, seja com Dorothy de o Mágico de Oz, siga sua estrada de tijolos amarelos e quem sabe no fim dela você não encontra o caminho para a segurança de sua casa.